Quando uma pessoa recebe o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) somente na fase adulta, geralmente é porque a pessoa aprendeu a mascarar suas dificuldades e não possui graves déficits em seu desenvolvimento cognitivo.
Mesmo não sendo tão evidentes, os sinais estão lá e geralmente estão relacionados à comunicação e interação social, tais como:
- Dificuldade em compreender expressões faciais, metáforas, ironias ou mensagens subliminares.
- Resistência em demonstrar ou receber afeto. A proximidade, toque ou contato físico podem ser extremamente desagradáveis.
- Dificuldade para lidar com sentimentos próprios ou de outras pessoas.
- Preferência em utilizar a linguagem direta e formal, o que faz com que, às vezes, sejam interpretados como extremamente sinceros.
- Interesses restritos e desempenho acima da média em algumas atividades.
- Baixa tolerância a barulhos, a ambientes agitados, à iluminação excessiva e a experimentar alimentos novos (seletividade alimentar).
- Preferência por trabalhar sozinho do que em equipe.
- Dificuldade em sair da rotina e resistência a mudanças.
Mesmo sendo diagnosticado tardiamente, o importante é procurar intervenções que facilitem a vida da pessoa e permitam que ela tenha qualidade de vida e consiga exercer seu papel social sem grandes prejuízos para a sua saúde mental e física. Quando a sociedade tem informação sobre o assunto, aprende a respeitar as diferenças e a incluir, de fato, pessoas neurodivergentes.