Muitas pessoas que estão dentro do espectro autista têm uma grande dificuldade de entender sarcasmo e ironia. Isso acontece porque o cérebro delas processa a informação de forma literal, sem considerar as entrelinhas.
É comum, em uma conversa informal, usarmos figuras de linguagem para expressar o que queremos dizer. Por exemplo: “aquele rapaz é um gato”, “meu chefe tem um coração de pedra” e “estou morrendo de saudades”.
Ao ouvir essas frases, geralmente, o autista vai imaginar um rapaz com corpo de gato, um homem com um coração cinza e rígido e se desesperar por acreditar que, de fato, você está morrendo.
Muitos autistas se sentem frustrados por não compreenderem duplos sentidos, piadas e metáforas e acabam se afastando ainda mais do convívio social, pois não se sentem incluídos.
Para que haja uma comunicação funcional e produtiva e possamos, de fato, incluir essa pessoa em nossas rodas de conversa, é importante estabelecer um diálogo objetivo e o mais claro possível.
Enquanto isso, na terapia, a equipe multidisciplinar vai trabalhar na compreensão e uso de metáforas e figuras de linguagem, ajudando o autista a conhecer, compreender e, então, começar a usar em sua linguagem cotidiana.
Vamos juntos?