Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem apresentar sensibilidade auditiva intensa, precisando recorrer diariamente ao uso de abafadores de ruídos para conseguir permanecer em locais onde o barulho extremo ou repentino gera incômodo considerável e possíveis crises.

Já a misofonia é uma condição em que o indivíduo tem uma aversão intensa e negativa a sons específicos, que, para a maioria das pessoas, são comuns e insignificantes. Esses sons podem incluir mastigação, respiração, tosses, espirros, batidas de teclado etc. e desencadear reações emocionais e físicas intensas.

Em ambos os casos, a pessoa pode apresentar transtornos de processamento sensorial, que é quando o sistema nervoso encontra dificuldades para processar informações de algum ambiente que chegam pelos órgãos dos sentidos, provocando incômodo.

Os sintomas são parecidos, mas são condições distintas. Portanto, quem recebeu o diagnóstico de autismo não necessariamente terá misofonia e nem todo mundo que tem misofonia está no espectro autista.

Não existe cura para misofonia nem para o autismo. Mas é possível proporcionar uma melhor qualidade de vida recorrendo ao tratamento cognitivo-comportamental, terapia sonora e aconselhamento terapêutico.