O assunto emoção nunca esteve tão em alta com a estreia da animação Divertida Mente 2, da Disney/Pixar. A trama fala sobre os desafios de uma menina que está entrando na fase da adolescência e precisa lidar com as novas emoções.
Ter equilíbrio entre o que sentimos, em qual intensidade expressamos isso e qual resposta comportamental vamos dar a determinada situação é algo ainda mais complexo para indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Diferente do que muitos podem pensar, autistas não são apáticos ou vivem em um mundo paralelo. Suas emoções estão presentes, geralmente, de forma muito intensa, mas há uma relevante dificuldade em dar significado a elas e expressá-las de uma forma que não cause um estranhamento social.
Um dos objetivos da Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é ensinar, de forma programada, habilidades emocionais que vão permitir que o autista observe e nomeie as suas emoções e a dos outros, e aprenda a regulá-las sem se frustrar e emitir comportamentos disruptivos tais como: se agredir, agredir o outro ou entrar em crise.
A terapia comportamental com base em ABA é a mais recomendada para desenvolver essas competências emocionais em crianças. Para jovens e adultos, recomenda-se, ainda, a terapia cognitivo-comportamental.
Em muitos casos, a terapia ocupacional pode ser uma grande aliada nessa regulação emocional, principalmente nas relações cotidianas, que envolvem família, escola e trabalho. A prática de exercícios físicos é igualmente importante para deixar o corpo em sintonia com a mente, proporcionando melhor qualidade de vida.