Você sabe quais as diferenças entre TDAH e autismo? Apesar de os dois serem transtornos do neurodesenvolvimento e apresentarem sinais visíveis na primeira infância, têm características e tratamentos específicos. Vamos conhecer melhor?
O QUE É?
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Caracteriza-se por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade, que podem ser combinados ou não.
O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento, caracterizado por dificuldades na interação e na comunicação social, e apresenta padrões de comportamentos restritos e repetitivos. Todos esses sintomas estão presentes no diagnóstico, podendo variar de acordo com a idade ou com o nível de suporte necessário.
DIFERENÇAS
Indivíduos autistas geralmente têm um hiperfoco, o interesse específico por um tema ou objeto que o faz se sobressair e entender profundamente sobre isso. Já pessoas com TDAH têm dificuldade de manter o foco em determinada coisa, começam algo e não terminam ou perdem a atenção com muita facilidade.
Pessoas com TDAH podem apresentar maior dificuldade de controlar respostas impulsivas ou automáticas. Já os autistas têm dificuldade em lidar com mudanças de rotina e em entender expressões literais.
SEMELHANÇAS
A hiperatividade é um sintoma comum entre os dois transtornos. No caso do autismo, esse comportamento pode estar associado ao excesso de estímulos sensoriais, que pode gerar desconforto e até crises.
Os dois transtornos não são diagnosticados por meio de exames laboratoriais, mas sim por meio de uma avaliação psico-comportamental.
TRATAMENTO
As intervenções para pessoas autistas são geralmente feitas por equipe multidisciplinar, com fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e psicólogo, baseando-se na Análise do Comportamento Aplicada (ABA). O objetivo é auxiliar no desenvolvimento de novas habilidades e reduzir comportamentos desafiadores.
No caso do TDAH, além da terapia comportamental, em alguns casos, é indicado o uso de medicamentos para controlar os sintomas. Não existe medicação específica para o autismo, mas sim para as comorbidades associadas a ele, como distúrbio do sono, ansiedade e extrema irritabilidade.