Apraxia da fala é um transtorno do neurodesenvolvimento ligado à condição motora da fala. Crianças com essa condição têm dificuldades para produzir e sequenciar sons.
É como se o cérebro falhasse ao planejar e programar a sequência de movimentos motores da mandíbula, dos lábios, da língua e de outros articuladores, responsáveis por produzir os sons que formam sílabas, palavras e frases.
A apraxia da fala pode estar associada a outras condições ou a outros transtornos do neurodesenvolvimento, como, por exemplo, o transtorno do espectro autista (TEA), a epilepsia e o transtorno da integração sensorial.
Principais características da apraxia da fala
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- Atraso de linguagem para os não oralizados.
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- Dificuldade em movimentar a língua corretamente.
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- Dificuldade na pronúncia das letras.
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- Discurso limitado a palavras.
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- Distorção de sons ao pronunciar palavras ou frases.
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- Fala de difícil compreensão ou completamente ininteligível.
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- Pausas respiratórias constantes entre palavras ou sílabas.
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- Quietude e pouca comunicação.
Quem pode diagnosticar a apraxia da fala?
Um fonoaudiólogo capacitado e com experiência em transtornos de fala e de linguagem, incluindo os distúrbios motores de fala, é apto a diagnosticar a apraxia da fala. Esse profissional pode, ainda, determinar o plano de tratamento e trabalhar em conjunto com uma equipe multidisciplinar.
A rotina terapêutica deve considerar exercícios de motricidade oral, listagem de palavras e bombardeios auditivos com uso de programas tecnológicos e fones de ouvido.
Além disso, é importante potencializar a ingestão de alimentos mais sólidos, que estimulem a mastigação e a deglutição, e utilizar massageadores linguais. O olhar específico do terapeuta em cada caso é essencial para suprir as diferentes necessidades apráxicas.
É uma condição que tem cura?
Sim, há cura para a apraxia da fala. Mas tudo vai depender, é claro,
da interação e da estimulação terapêutica, da parceria entre família e escola e, principalmente, do desenvolvimento do paciente.
Como a Gradual tem lidado com casos de apraxia da fala?
A Gradual investe diariamente em profissionais capacitados e motivados em promover uma diferença real na vida de crianças e adolescentes.
A fonoaudióloga Andrea Brigatti conta um pouco sobre o seu trabalho na clínica: “Eu busco sempre me atualizar por meio de cursos práticos e realizo as terapias, com uma rotina terapêutica diferenciada e em conjunto com a família e a escola”.
Para evitar que a criança se frustre no processo, Andrea dá uma dica valiosa: “É importante mostrar ao paciente o quanto ele evoluiu desde o início do tratamento. Para isso, eu utilizo gravações, para que ele consiga perceber as mudanças ao longo do tempo”.
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